sexta-feira, abril 11, 2014

E A PROMESSA DE MELHORAR, VAI BEM?


Para alguns talvez tenha faltado o adjetivo espiritual após da palavra vida. Por certo daria um sentido melhor, mais completo a idéia que quero desenvolver, Vida Espiritual. Para efeito didático, até que podemos inserir e considerar, mas, na verdade o que temos é vida, e para nós tudo deve ser espiritual, no sentido holístico do ser. Mas vamos ao que de fato me interessa compartilhar nessa reflexão pastoral.
É comum, no início de um novo ano, trabalharmos com nossos sentimentos e atitudes para colocarmos em prática algumas de nossas “promessas” de melhorar em algum aspecto de nossa vida. Sabemos, temos consciência de várias coisas precisam ser feitas, vários aspectos precisam ser melhorados. Possivelmente você começou o ano com muita disposição, determinação, fibra, ideais e idéias novas. A pergunta é: Vai bem sua promessa? Vai bem o seu compromisso? Talvez você tenha admitido que precisa melhorar na leitura da bíblia, na oração, na obediência aos pais, na entrega de dízimos e ofertas, no melhor relacionamento com seus filhos, na frequência à sua Igreja, no uso de seus dons e talentos,na evangelização...enfim, existem muitas áreas que possivelmente passaram por avaliação, reflexão e decisão. E agora?  Promessa de melhorar sua vida vai bem? Por que nossas “promessas” não vão bem?
1.Não vão bem porque fizemos uma avaliação superficial e emocional de nossa situação.
Geralmente nos propomos a mudanças e essas são em cima de uma avaliação muito rápida, ligeira e inconsistente. A avaliação e reconhecimento maduro do erro precedem qualquer mudança que de fato queremos obter.
2.Não vão bem porque não construímos base para desenvolvimento de nosso compromisso.
Queremos mudar e projetamos a mudança, mas e a base dessa mudança. Ela existe. É consistente. Trabalhamos com as mudanças com qual fundamento? Eis a questão.
3.Não vão bem porque somos influenciados pelas circunstâncias e não pelo alvo.
Sentimo-nos influenciados, tocados e decididos em prol da mudança, mas não pelo alvo de nossa vida e sim pelas circunstâncias. A mudança é real e duradoura quando elas acontecem pelo ideal de vida e não pelas circunstâncias.
4.Não vão bem porque nossos compromissos são pessoais e não compromisso com o Reino.
A maioria daquilo que queremos mudar são mudanças pessoais. Não elas sejam ruins e fora de cogitação, não. Podemos considerá-las, mas precisamos fortalecer nosso compromisso com o Reino de Deus em face de tudo que sabemos que precisam passar por transformações.
5. Não vão bem porque durante nossa vida não desenvolvemos bons hábitos de crescimento e amadurecimento.
Vivemos ainda na superficialidade dos hábitos. Não temos ao longo de nossa vida incorporado hábitos que ajudem em nosso desenvolvimento espiritual e pessoal.
6.Não vão bem porque nos avaliamos pelo imediatismo e não pelo duradouro.
Vivemos mais como consumistas de mudanças. Somos imediatistas em nossas decisões. Queremos ver as mudanças logo e nem sempre as coisas acontecem dessa forma. E aí, isso traz frustração e desânimo. A tendência é parar na caminhada em busca de coisas maiores e melhores.
7.Não vão bem porque temos compromisso em crescer para agradar a nós mesmos ou aos outros e não ao Senhor.
Em última análise, vivemos para nós mesmos, para os outros ou nosso alvo é Cristo.
A promessa de melhorar, vai bem ou mal ?
a vida.j � e �� �� r de rosas”. Sempre estão ótimos. É benção pura. É fogo de 180 graus. Nunca choram por dor e sofrimento.  Na verdade, estão corroídos por dentro, mas como são super espirituais, super crentes não podem de modo algum transparecer alguma fraqueza. O que dirão dele? Poderão assim perder força no meio em que vivem.


           Vamos irmãos prosseguir no propósito de nos tornarmos melhores crentes, sendo transformados de glória em glória, mas sempre lembrando e sabendo que não somos, em hipótese alguma, superiores, maiores, mais alcançados do que os outros.






SUPER CRENTE?

SUPER CRENTE?

           Em todo meio religioso existem atitudes estranhas, esquisitas, berrantes e altamente perigosas. Vivemos uma época muito difícil. A vida cristã tem sido interpretada e vivida por muitos de forma muito longe dos ensinos da Palavra de Deus. Tem havido engano sobre o que significa ser crente e a base de nossa fé, que a graça de Deus. Por esses e outros motivos é fácil  observar que alguns idealizam para si uma vida triunfalista. Sentem-se e agem como se fossem superiores a tudo e todos. São os chamados super crentes. “ Todos pecam, menos eu”. Todos erram, eu apenas cometo equívocos”. E assim segue os super crentes. Paulo disse: “ Miserável homem que sou”. E ainda mais, disse: O bem que quero esse não faço e o mal que não quero, esse acabo fazendo”.

          1. Podem ser identificados como naqueles que geralmente usam sempre palavras de repreensão usando o pronome na segunda ou terceira pessoa e nunca na primeira pessoa. Dizem: “Vocês precisam orar mais”, Vocês precisam se santificar mais. Eles precisam ganhar mais vidas para Jesus. Não se incluem como alvo da exortação.

        2. Podem ser identificados como aqueles que se ensoberbecem diante de elogios religiosos. “Meu irmão, sua oração Fez a diferença na minha vida. Minha irmã, sua palavra mudou tudo. Mesmo sendo uma possível verdade. Mesmo Deus tendo usado este ou aqueles como instrumento não deve se ensoberbecer. Ouvir, guardar no coração. No silêncio da alma dizer. Obrigado, Senhor porque pude ser útil. Fui benção. Fui instrumento, mas a honra é do Senhor.

          3. Podem ser identificados como aqueles que sempre estão com o coração endurecido. São os crentes “sabem tudo” na vida espiritual, nas coisas de Deus. Seus corações nunca estão abertos para aprender. São de dura cerviz.

          4. Podem ser identificados como aqueles que amam usar “jargões” fora do contexto, ou como sendo palavras “mágicas”. Acham que dizer Amém a toda hora, Aleluia, Adonai, etc, atraem ou é demonstração de poder.

          5. Podem ser identificados como aqueles que se tornam manipuladores psicológicos da fé. Trabalham, lutam e querem que as pessoas estejam sob seu domínio espiritual. Querem manipular a fé dos outros. E aí dizem: “Deus me falou isso meu irmão para você”. “Deus tem isso ou não tem isso pra você”. Querem conquistar autoridade espiritual sobre os outros dessa formas. Desenvolvem uma intimidação espiritual.

          6. O super crente pode ser identificado como aquele que sempre conta as suas vantagens espirituais. Aquelas palavras de Jesus: “Neste mundo tereis aflições...” não fazem parte das promessas para a sua vida. Vivem num “mar de rosas”. Sempre estão ótimos. É benção pura. É fogo de 180 graus. Nunca choram por dor e sofrimento.  Na verdade, estão corroídos por dentro, mas como são super espirituais, super crentes não podem de modo algum transparecer alguma fraqueza. O que dirão dele? Poderão assim perder força no meio em que vivem.

     Vamos irmãos prosseguir no propósito de nos tornarmos melhores crentes, sendo transformados de glória em glória, mas sempre lembrando e sabendo que não somos, em hipótese alguma, superiores, maiores, mais alcançados do que os outros.






sexta-feira, março 21, 2014

FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA PARA A EVANGELIZAÇÃO

Efésios 2:1-22
FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA PARA A EVANGELIZAÇÃO
Conceitos
EVANGELHO
Boas novas- 74 vz no NT, ( 54 em Paulo)
Estudos históricos dizem que a palavra era usada entre os gregos como boas notícias no Campo de Batalha.
Boas Novas. Conteúdo.
Evangelho é Jesus, tudo que ele fez e ensinou.
Pr. Delcyr de Souiza Lima- Doutrina e Prática da Ev Evangelização diz:” Para Jesus o Evangelho tinha o sentido de sua presença real entre os homens compreendendo os desígnios de Deus com o fim de salvá-los”
Romanos 1:16. É o poder de Deus para Salvação de todo aquele que crê

EVANGELISMO
Ismo- fala de sistema, conjunto, métodos, estratégias e técnicas. Conhecimento. Recursos. Sistematização.

EVANGELIZAÇÃO
52 vz no NT
Ação de evangelizar. Ação de comunicar o Evangelho visando levar perdidos a Jesus para que sejam salvos

EVANGELISTA
Apenas 3 vz no NT
Atos 21:8 referindo a Felipe como Evangelista
Efésios 4:11 entre os dons
II Timóteo  Fazer a obra de uma evangelista
Fala da função, do ofício

       
  A obra de Evangelização em sua natureza, essência, dimensão e alcance precisa ser entendida à luz de conceitos bíblicos, fundamentação bíblica e motivações teológicas para que no dinamismo do cumprimento de nossa tarefa possa haver uma sintonia do coração que obedece com o coração que manda.

Estaremos prontos a obedecer na condição de servos o mandato do Senhor absoluto quando essa obra tem o crivo teológico, a fundamentação bíblica dessa tarefa.

A evangelização não se faz apenas com o coração, com sentimento, com ardor e vibração. Todo esse sentimento necessário não pode ser ímpar.
O coração que bate pela Evangelização precisa ser nutrido pela Palavra do Senhor, fonte de sabedoria e diretriz segura e certa para que essa obra não se torne um ativismo vazio e oco.

Vejamos, pois, o que diz o texto bíblico em foco.
1. ASPECTO ANTROPOLÓGICO DA MISSÃO- V. 1, 2, 3, 11, 12,
Ø A Evangelização pelo desafio de nossa compreensão a respeito da situação do homem sem Deus.
Ø Neste texto Paulo primeiramente sonda as profundezas do pessimismo acerca do homem.
Ø Paulo retrata a condição humana.
Ø Paulo não está falando de um povo particularmente decadente, ou um segmento degradado da sociedade, e nem mesmo o paganismo extremamente corrupto.
Ø Paulo começa com um vós enfático, indicando primeiramente seus leitores gentios da Ásia menor, mas passa rapidamente a escrever: que todos nós andamos outrora da mesma maneira", assim acrescenta a si mesmo e aos demais.
Ø Temos aqui, portanto o conceito de Paulo de todos os homens sem Deus. Ele diz: “estávamos mortos”.
Ø Esta é uma declaração real da condição espiritual de todas as pessoas fora de Cristo.
Ø A origem dessa condição está nos delitos e pecados. Significa o desvio do caminho do Senhor. É dar um passo falso.
Ø Diante de Deus o homem, sem Cristo, é tanto rebelde como um fracassado.
Ø Está alheio à vida de Deus.
Ø Mesmo parecendo diante do cotidiano, por tudo que faz ou que sucede todos os dias estar vivo, podemos dizer que tais pessoas, se Cristo não as salvou, estão mortas. Estão cegas para a glória de Cristo Jesus.
Ø Não amam a Deus. Uma vida sem Deus, por mais sadia física e mentalmente que seja, é uma morte em vida, e que as pessoas que assim vivem estão mortas enquanto vivem.
Ø Esse é um grande paradoxo existencial porque pessoas que foram criadas por Deus e para o Senhor, vivem sem Deus.
Ø A condição do homem sem Cristo é a de viver escravizado, dominado por uma mentalidade pessoal tomada pela concupiscência da carne, que são os desejos errados da mente, e por atuação demoníaca (príncipe da potestade).
Ø Paulo diz ainda que o homem sem Cristo não apenas vive escravizado, mas também condenado. O pecado faz os maiores estragos na vida do homem.
Ø A evangelização precisa ser realizada com este entendimento e motivação.
Ø Somos motivados a pregar, a testemunhar, a ir aos campos porque temos essa consciência pessoal e coletiva de que o homem sem Cristo está morto e precisa de vida.
Ø Não podemos fechar os nossos olhos para esta realidade deprimente na vida do homem e na sociedade.
Ø A situação do homem sem Cristo é assustadora. Se fecharmos os olhos para a realidade da situação do homem sem Cristo e tudo o que isso significa, cairemos no erro de termos uma evangelização descontextualizada do aspecto antropológico.
2. ASPECTO SOTERIOLÓGICO DA MISSÃO- V.4-8, 13-18
Ø Evangelização passa pelo desafio de nossa compreensão da obra salvadora de Cristo Jesus.
Ø Paulo agora diz: Mas Deus... (É uma conjunção adversativa).
Ø Essas palavras contrapõem a condição desesperadora da humanidade caída à iniciativa graciosa e ação de Deus.
Ø Éramos objeto de sua ira, mas por causa do grande amor com que nos amou teve misericórdia de nós.
Ø Agora somos salvos que traz a idéia da ação e suas consequências dessa ação redentora.
Ø Há consequências permanentes de Deus salvar o homem.  Somos salvos e permaneceremos s alvos para sempre. Paulo diz: “Nos deu vida juntamente com Cristo” v.5. Juntamente com ele nos ressuscitou” v. 6ª. “Fez-nos assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” v.6 b. Paulo então menciona que Deus deu vida, ressuscitou e nos fez assentar.
Ø Porque somente o amor e misericórdia podem triunfar sobre o ódio e toda desgraça advinda do pecado.
Ø Salvação é mais do que perdão. Salvação é libertação da morte, da escravidão. Salvação é remover a culpa que o pecado traz. Salvação é vida eterna
3. ASPECTO  ECLESIOLÓGICO DA MISSÃO-V. 19-22
Ø  Passa pelo desafio de nossa compreensão de que em Cristo fazemos parte de seu corpo.
Ø  O desfecho é maravilhoso, ímpar, porque da condição de perdidos passamos para condição de salvos.
Ø  Da condição de criatura para ser filhos de Deus.
Ø  Da condição de escravizado agora somos livres e de condenados, agora absolvidos e justificados.
Ø  Isso nos insere no corpo de Cristo.
Ø  Paulo aqui nesse texto (v.19-20) apresenta pelo menos três qualificações exclusivas das pessoas que se beneficiam da salvação oferecida através da fé em Jesus Cristo.
Ø  Imaginem então o que o Evangelho proporciona àqueles que se rendem a Cristo.
Ø  Leia o verso 19: ”Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos”.
Ø  Em Cristo somos cidadãos celestiais. O apóstolo Paulo refere-se à cidadania celestial que alcançamos através de Jesus. 
Ø  Nos tempos do Novo Testamento a cidadania romana era muito valorizada e garantia status a quem a tivesse por direito de nascimento ou por aquisição mediante compra. Mas o que é importante enfatizar que todo direito e condição que uma cidadania possa dar ao homem ela é ínfimo diante dos direitos da cidadania eterna. Paulo diz: “A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20).
Ø  Paulo afirma que em Cristo somos da família de Deus (v. 19).
Ø  A família de Deus é composta pelos filhos que ele adotou através de Jesus Cristo.
Ø  Como um Pai perfeito, nosso Deus ama a todos os Seus filhos na mesma medida.
Ø  De que maneira um filho demonstra sua preferência pelo Pai? Claro, optando por não entristecer Seu coração, mas por fazer tudo aquilo que O agrada.
Ø  Uma outra observação relevante sobre a família de Deus: nela não há divisão nem acepção de pessoas! 
Ø  Em Efésios 2:16, Paulo observa que Jesus, ao morrer na cruz, destruiu toda inimizade, referindo-se à separação que o Judaísmo fazia questão de fomentar, entre judeus e gentios.  Note no capítulo 3, verso 6, que a mesma temática é abordada – os gentios desfrutam do mesmo status que os judeus na família de Deus, já que a cruz de Cristo é o meio de adentrar a esta aliança para ambos os povos. 
Ø  Na família de Deus todos são iguais (Gálatas 3:26-29), não importando origem, condição econômica, sexo ou idade.
Ø  Paulo diz que em Cristo somos moradas do Espírito Santo. Quando Paulo escrevia esta carta havia na cidade de Éfeso um esplendoroso templo dedicado a Ártemis( deusa grega) ( ou Templo de Diana- deusa romana), uma das sete maravilhas do mundo antigo. Era o maior templo da época, construído no século VI a.C. Era composto por 127 colunas de mármore, com 20 metros de altura cada uma. Duzentos anos mais tarde foi destruído por um incêndio e reconstruído por Alexandre III da Macedônia. Hoje só existe uma coluna erguida.
Ø  Ao mesmo tempo havia em Jerusalém o templo judaico edificado, e cercado por uma barreira contra os gentios. Dois templos, um pagão e um judaico projetados por reis devotos como residência divina, estavam vazios do Deus vivo, pois agora há um novo templo, um novo santuário, uma habitação de Deus no Espírito. É a Igreja, é a sua nova sociedade, o seu povo redimido espalhado por toda parte do mundo habitado.
Ø  Temos aqui o ensino de que juntos formamos um edifício com características todas peculiares.
Ø  A pedra angular deste prédio é o próprio Jesus Cristo (v. 20). 
Ø  Esta expressão significa que Jesus é a base, o sustentáculo da Igreja.  Além da pedra angular, este edifício conta com um fundamento, fornecido pelos apóstolos e profetas – trata-se do ensino doutrinário que sustenta a Igreja.  Esta base permite que o edifício seja ajustado, bem construído, crescente, dentro de uma harmonia que o torna santuário santo no Senhor (v. 22). 
Ø  Este texto nos ajuda a esclarecer que a Igreja é um edifício composto por vidas.  Cada vida é uma pedra que se ajusta sobre a Pedra Angular, tornando-se a morada do Espírito Santo de Deus (v. 22).
4. ASPECTO DOXOLÓGICO DA MISSÃO v. 4,v7,v8,v9
Ø A evangelização nasce do coração divino   
Ø Deus criou todas as cousas para glorificá-lo (Rm. 11:36). O homem foi feito para ser segundo a sua imagem (Gn. 9:6). Isto significa que o mesmo tem a necessidade de obtê-lo eternamente no coração.
Ø Deus decidiu nos adotar, consequentemente devemos refletir a imagem do soberano.
Ø A criação da imagem de Deus tem a missão de tornar a comunhão do homem com o criador.
Ø Por ser o retrato de Deus, o homem possui a capacidade de louvá-lo, obedecer, servir e atender de modo racional.
Ø A primeira razão pela qual devemos evangelizar é glorificar a Deus. Diante disto, temos de analisar a missão no contexto da alegria divina
Ø Os céus têm alegria por um pecador que se arrepende (Lc. 15:7).
Ø Deus criou homens e anjos para revelar a sua glória.
Ø A evangelização é uma ordem de atrair os pecadores para a formação da família de Cristo.
Ø Ela tem a missão de estimular os cristãos honrar a Deus pela graça imerecida.
Ø Na primeira epistola de Pedro o apóstolo ordena aos leitores que usem os dons para servir uns aos outros, com o fim de glorificar a Deus (1 Pe. 4:11).
Ø A Igreja tem o fim de tornar Deus conhecido em toda majestade, a oferta de perdão pela graça e o poder de transformador pelo sofrimento encarnado (Fp. 3:10).
Ø A evangelização é uma ordem da graça de Deus. O homem na condição de impotente e morto em delitos e pecados (Ef. 2:1), mas pela misericórdia e amor do Soberano Ele nos deu vida (Ef. 2:15), portanto, a ordem de pregar as boas novas devem brotar do coração em oferecer ações de graças pelo perdão imerecido.
Ø O encargo de evangelizar publica as bênçãos de salvação de Deus, para exaltá-lo.
Ø Na medida em que publicamos as boas novas fazemos a glória do Pai conhecida. Nos Salmos capítulo 96 versículo 6 afirma que “Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas.”
Ø Portanto, a evangelização deve ser voltada na pessoa de Jesus Cristo. Se a mesma tiver a intenção de louvar a homens, rapidamente deteriorar.
Ø A Ele pertence à glória e o louvor, logo, a ambição é glorificar ao Pai.
CONCLUSÃO E APLICAÇÃO
Ø A teologia da evangelização ( fundamentos bíblicos da Evangelização) é essencial como forma de motivação que traz consciência na obra pelo conhecimento que temos da Palavra. A grande motivação e fundamentação para a Evangelização está na Palavra.
Ø Precisamos Evangelizar porque o homem sem Cristo está perdido e estará perdido para sempre se morrer nessa condição. Cremos que esta é a condição do homem sem Jesus?Isso nos incomoda? Vamos em buscar do pecador.
Ø Somente a salvação em Cristo Jesus muda a condição do homem. Salvação real e genuína que o livra da condenação do pecado. Não é uma reforma política e social, nem mesmo educacional ou psicológica é o novo nascimento em Cristo. Firmemos esta convicção em nossa vida para que possamos proclamar essa única solução de vida.
Ø Vivamos uma motivação na Evangelização oferecendo uma nova posição para os pedidos arrependidos. Trazê-los para a família de Deus deve ser um fator essencial como fundamento.
Ø Como fundamento essencial, a evangelização precisa ser focado em Deus e não no homem. É para a Glória de Deus.
Ø A evangelização é realizada com realeza espiritual quando essa experiência é vivenciada de forma subjetiva, mas que se objetiva quando a compartilhamos. Por isso Paulo diz:” para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus”. (v.7). Precisamos continuar mostrando “a suprema riqueza da graça de Deus”.


quarta-feira, fevereiro 12, 2014

VOCAÇÃO E CONSAGRAÇÃO

VOCAÇÃO E CONSAGRAÇÃO
Quero compartilhar algumas questões para reflexão sobre vocação e sobre consagração ao Ministério da Palavra de Deus. Alguns desses aplico em meu ministério.

1. É muito agradável saber que a nossa região está muito bem servida de pessoas que estão sendo chamadas para o Ministério. Jesus ensinou que a Seara é grande é são poucos os ceifeiros e deveria rogar ao Senhor da Seara.
Uma ênfase que sempre dou em ministério é a vocação ministerial. Graças a Deus com isso. Hoje são três seminaristas de Teologia.

2. Os nossos seminaristas são acompanhados. Além do estágio do currículo do Seminário, eles têm o compromisso de preencherem mensalmente o estágio supervisionado pela Igreja. Temos reuniões e são tratados como pérolas do Senhor. Ajudados espiritualmente, academicamente e financeiramente.

3. É preciso que a Igreja, o pastor tenha bastante cautela, cuidado e bom senso para encaminhar o vocacionado para o Seminário.
Pra mim o chamado precisa passar em três testes. Primeiro é a experiência subjetiva. É aquilo que ninguém explica e às vezes o próprio também não sabe explicar. É algo sobrenatural. É de Deus. Mas só isso não basta. Segundo, é preciso que tenha o testemunho da Igreja. A vocação se dá no seio da Igreja. No lugar em que ele está servindo ao Senhor. A Igreja precisa reconhecer a vocação do mesmo. Terceiro, entendo que ele tem que passar pelo teste bíblico. É preciso que o futuro pastor tenha as qualidades e requisitos prescritos pelas Escrituras Sagradas. Se ainda não tem de maneira inteira, mas é perceptível  nele a presença dessas qualidades, ou como fruto já amadurecido ou então como semente a ser desenvolvida. Precisamos ter muito cuidado hoje porque a facilidade de encontrar Seminários e o marketing às vezes facilita que um aventureiro adentre nessa carreira.

4. Entendo colegas, que quando pensamos como Igreja ou região no despertamento de vocações e de Instituições, precisamos criar oportunidades para os chamados. É Deus quem chama. Ele dirige, mas precisamos entender que vocação e plantação de Igrejas e criação de ministérios andam de mãos dadas. Hoje somos em nossa  reunião aproximadamente 120 pastores, mais algumas dezenas de seminaristas. Precisamos expandir, crescer e desenvolver. Seja com plantação de Igreja, seja com novos ministérios agregados à Igreja.

5. O candidato depois de passar  pelo Seminário precisa de mais preparo ainda. Alguns dizem. Já fez o Seminário, não precisa nem de Concílio! Engano. Por isso que não vivemos crise de vocação, mas vivemos crise de preparo e coerência no ministério. Alguns entram pela janela!
Como pastor tenho usado os seguintes critérios e orientações para consagração ao Ministério. Terminado o curso o candidato fica um período, no mínimo um ano, trabalhando. É preciso que apague um pouco toda empolgação do término do curso. É o teste comprobatório quando termina o curso. É preciso trabalhar a ansiedade. A dependência de Deus. Depois, se for o caso, o candidato prepara um material intitulado: Minhas Convicções Teológicas. Depois então é encaminhado à ORDEM.  Nunca atropelei o processo de encaminhar para ORDEM ou Comissão. Depois então de tudo aprovado pelos  colegas pastores é que levo a Igreja a convocar o Concílio. A data é marcada por mim. Não é pela Igreja que o candidato é membro ou pela Igreja que convida, enfim. Sou do tempo em que a convocação era feita por cartas, publicação no Escudeiro e no Jornal Batista. Ainda procedo dessa forma. Toda denominação fica ciente. Todos os pastores do Brasil são oficialmente convocados. Não deixo envelopes e nem carta nas mãos do candidato. Não é de competência de ele fazer isso.
O candidato não pode por hipótese alguma ter pendência em sua vida cristã. Como foi o relacionamento dele com seus pastores? Participou de algum processo de saída do pastor de forma traumática? Participou de algum "movimento" para tirar pastor? Era contra o ministério? Era contra o sustento ministerial? Enfim, tudo isso precisa ficar bem esclarecido e resolvido.
Lamento profundamente que hoje, nesse universo enorme em que vivemos, de Igrejas, vocacionados, etc. ao invés de sermos mais zelosos, tem havido por parte de alguns, “frouxidão”. Lamento! Há casos de candidato receber orientações da comissão  de acompanhamento e outros informações e se rebelar e ir para outro campo para ser consagrado. E infelizmente o é. Depois retorna para o campo em que não acatou as sugestões e orientações procurando encontrar apoio e oportunidade. Lamentável. Não há reparo no erro. Não há um entendimento. Temos que viver com essas  IDIOSSINCRASIAS religiosas. Infelizmente há esquizofrenia denominacional alimentada por esquizofrenia de candidatos que são “pseudo chamados”.
6. Os pastores que dignamente são consagrados. Que entram pela porta e não pela janela, esses merecem todo nosso respeito e consideração. Os pastores precisam ser trados com respeito e dignidade. Não deve haver lugar para um tratamento desonroso aos colegas. Não importa a idade de vida e não importa o tempo de ministério. É preciso que haja sempre o respeito pelo ministério que o outro realiza. Deus nos deu ministérios diferentes, visão diferente. O estilo de ministério, a maneira de cumprir a missão e a tarefa de cada um pode ser diferente. A natureza do ministério não é diferente, mas a maneira de desenvolver é. Não podemos ver o ministério pastoral sob o aspecto da concorrência. Alguns às vezes acham que estamos no ministério para concorrer com o outro em isso não é verdade. A importância do pastor e do ministério é igual.
Continuemos zelosos no cumprimento de nossa tarefa e trabalhemos com afinco para deixarmos um bom legado de ensino àqueles que nos sucederão para que os de hoje e os do futuro sejam pastores de fato e de verdade e não apenas de título.

Abraço a todos.


Pr. Hudson  Galdino

quinta-feira, fevereiro 06, 2014

PARA QUE SERVEM AS FÉRIAS DO PASTOR ?

PARA QUE SERVEM AS FÉRIAS DO PASTOR ?
Geralmente o início do ano é o período que os pastores tiram férias. Retornando das minhas, resolvi compartilhar o que penso sobre férias e seus desdobramentos com o intuito de trazer à tona uma reflexão sobre o assunto baseado no que penso e no que pratico.
1. Penso que o pastor deve sempre tirar férias.
Há pastores que se gabam de nunca terem tirado férias, ou de estar há muitos anos sem fazê-lo. Como se isso fosse alguma vantagem. Não é. Existem alguns até que sugerem à Igreja receberem férias em dinheiro. Absurdo! Alguns acumulam férias e quando deixam a Igreja querem receber tudo em dinheiro. Absurdo!
Férias é um prêmio, uma concessão que a Igreja dá ao pastor e que este deve aproveitar esse momento depois de um ano de trabalho. Sou da opinião que o pastor que não tira férias deveria perder esse privilégio tido como retroativo ou acumulado. É sempre bom lembrar que não existe vínculo empregatício entre pastor e Igreja.
Particularmente obtenho os trinta dias concedidos pela Igreja ininterruptamente. O meu tipo não se adéqua em tirar 10 dias, ou 15 dias de férias.
2. Penso que o pastor deve sempre que possível harmonizar suas férias com as da esposa e filhos.
Sempre saio de férias no mês de janeiro. Sempre foi o período conveniente devido às férias escolares e por entender que seria bom sair no início do ano e depois então ter todo o ano pela frente para o trabalho. No meu caso, sempre foi bom fisicamente e emocionalmente tirar no início do ano e assim tenho feito. Há muitos anos atrás, aproximadamente uns 15, um líder da Igreja me questionou e queria sugerir que eu saísse de férias em outro período do ano. Alegava que em janeiro a cidade está cheia de pessoas e a Igreja fica lotada de visitantes de outras Igrejas, de outras cidades. Respondi simplesmente que eu não era pastor dos turistas crentes de outras Igrejas. O assunto terminou ali e nunca mais foi cogitado. Há pastores que tiram férias em período em que a esposa está trabalhando ou que os filhos ainda estão estudando
3. Penso que o pastor deve sempre lembrar que não é só ele que precisa de férias. A esposa e filhos também precisam, e até mesmo a Igreja.
Aqueles que estão ao nosso redor precisam que nós tiremos férias. Os que mais sentem são de nossa casa. Mas também a própria Igreja precisa de novos ares. Esse período de ausência nossa da Igreja faz bem a Igreja. A Igreja precisa viver um momento sem a nossa presença.
Mas alguns acham que são insubstituíveis. Outros acham que as coisas não funcionarão. Alguns têm até mesmo receio que outros assumam a liderança. Sei de colegas que saem de férias, mas no dia da sessão retornam para presidir a assembléia.
4. Penso que o pastor precisa entender a natureza das férias. Férias não é só se ausentar da Igreja que ele pastoreia. Féria verdadeira é quando o trabalhador se ausenta das suas atividades pastorais e de todo ambiente eclesiástico.
Confesso que me admiro que muitos colegas que compartilham que em suas férias fizeram: Plano de pregação para pregar em Igrejas de outros colegas em outras cidades e alguns que admitem que em suas férias visitam outras Igrejas para saber o que está acontecendo em outras Igrejas e outros ministérios. Alguns com a finalidade de obterem novas idéias, aprendizado e outros com a finalidade de fazer comparação. Certa ocasião um pastor disse. “Aproveito sempre as férias para saber como estão outros ministérios e comparara com o meu”. Desculpem a expressão, mas tolice. Primeiro que não exercemos ministério para fazer comparações. A natureza do ministério impõe o conhecimento de que todo ministério é honroso e é honrado, independentemente de situações, pseudo crescimento ou verdadeiro crescimento. Segundo, não realizamos o ministério para sermos imitadores. Trocamos idéias, crescemos no aprendizado e no compartihar, mas colega, não se sinta pressionado para fazer o que outros estão fazendo simplesmente por sentir pressionado pelo meio. Paulo disse a Timóteo: “Cumpre o teu ministério”.
Se um colega pastor tem necessidade, vê como algo importante conhecer outros ministérios, mas não se conhece visitando num domingo apenas, deveria colocar em seu planejamento ao longo do ano essa proposta.
Amado, pra mim, férias é um momento especial de descanso. O pastor deveria se esforçar para se desligar de tudo que esteja relacionado ao seu ministério e Igreja. Saio de férias e só leio livro que seja de assunto não religioso. Mantenho minha vida devocional, mas não freqüento nenhum culto (Não se escandalize). Dou-me o direito de aos domingos poder fazer o que não faço ao longo de todo o ano. Acordar e levantar às 9:00h ou às 10:00h. É muito bom! Ir aos cultos fará lembrar-me de coisas da ”minha Igreja”. Não devo. Não preciso. Preciso descansar de tudo que me envolve outros 11 meses.

Não faço planejamento ministerial, de pregação, etc., durante as férias. Procuro mudar totalmente o foco. Aliás, já há muitos anos faço o seguinte. Retorno das férias e não prego na primeira semana ou nos primeiros domingos. Este ano, neste primeiro mês, tenho pregadores para todas as quintas e alguns domingos. Retornei às atividades. Tenho várias reuniões marcadas, visitas, atendimento e estou ajustando meu planejamento pessoal e pastoral que iniciei em 2013.